Baixa Estatura – Como Diagnosticar e Onde Encontrar os Medicamentos para Realizar os Testes Diagnósticos

Baixa estatura

A baixa estatura é uma condição que pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo genéticos, nutricionais, e hormonais. Dentre os hormonais, a deficiência do hormônio de crescimento (GH) é uma das causas que podem ser tratadas, tornando essencial a sua identificação precisa. No Brasil, existem três principais testes de estímulo para avaliar a secreção do GH. Vamos detalhar cada um deles:

1. Teste da Clonidina

O teste da clonidina é utilizado para avaliar a capacidade de secreção do hormônio de crescimento (GH) pela glândula pituitária. A clonidina, um agonista alfa-2 adrenérgico, atua estimulando a liberação do GH. O teste começa com a medição dos níveis basais de GH no sangue. Em seguida, a clonidina é administrada oralmente, e novas amostras de sangue são coletadas em intervalos regulares durante algumas horas para medir os níveis de GH. Um aumento adequado nos níveis de GH indica uma resposta normal da glândula pituitária. Este teste é considerado seguro e eficaz, mas deve ser realizado sob supervisão médica devido ao risco de efeitos colaterais, como sedação e hipotensão.

Recentemente, a Clonidina passou a estar com baixíssima disponibilidade no mercado brasileiro. Apesar de apresentar o menor custo entre os três exames diagnósticos, sua indisponibilidade fez com que os endocrinologistas buscassem o Teste do Glucagon como alternativa diagnóstica para os casos de Baixa Estatura.

2. Teste do Glucagon

O teste do glucagon é outra ferramenta diagnóstica para avaliar a função da glândula pituitária e a capacidade de secreção do hormônio de crescimento. O glucagon, um hormônio pancreático, é administrado por via intramuscular ou subcutânea. Após a administração, ele provoca um aumento na glicose sanguínea, que por sua vez estimula a liberação de GH. Os níveis de GH são então medidos em várias amostras de sangue coletadas em intervalos específicos após a injeção de glucagon. Este teste é útil especialmente em pacientes que não podem realizar o teste da hipoglicemia insulínica devido a contraindicações. Efeitos colaterais como náusea e vômito podem ocorrer.

O Teste do Glucagon, apesar de mais caro do que o Teste da Clonidina, passa a ser a melhor escolha quando o primeiro está indisponível. Entretanto, recentemente, a disponibilidade do Glugacon (ou Glucagen) também se tornou difícil, causando transtorno para médicos e pacientes. Por ser um medicamento de uso especial (comercialização restrita e necessidade de refrigeração), é mais facilmente encontrado pelos pacientes diretamente em distribuidoras, como as elencadas abaixo:

IMPORTANTE: em um dado momento, nenhuma destas ou mesmo outras distribuidoras podem ter o fármaco à disposição. Neste caso, entre em contato com seu médico para verificar qual a melhor alternativa para avaliar o crescimento de sua filha ou filho.

3. Teste da Hipoglicemia Insulínica

Considerado o padrão-ouro para avaliar a reserva de GH, o teste da hipoglicemia insulínica envolve a administração intravenosa de insulina regular para induzir hipoglicemia. A hipoglicemia é um potente estímulo para a liberação de GH. Os níveis de GH, glicose e, ocasionalmente, cortisol são medidos em intervalos frequentes após a administração da insulina. Este teste não apenas avalia a capacidade de secreção de GH, mas também a resposta do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Devido ao risco de hipoglicemia severa, este teste requer monitoramento cuidadoso e só deve ser realizado em ambientes hospitalares ou ambulatoriais com pessoal treinado disponível para intervir em caso de necessidade.

Considerações Finais

A escolha do teste depende de vários fatores, incluindo a condição clínica do paciente, contraindicações potenciais, e a experiência do centro médico. É importante que os testes sejam realizados sob supervisão de um endocrinologista experiente para garantir a segurança do paciente e a precisão dos resultados. A interpretação dos resultados deve levar em consideração o quadro clínico geral do paciente, incluindo crescimento, desenvolvimento puberal e outros possíveis sinais de deficiência hormonal.

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